Terror noturno
Um dos momentos mais estranhos dos meus meses nos últimos tempos acontece à noite, nos aviões, quando estou a regressar para Portugal. É uma altura absolutamente surreal para mim.
Como já escrevi algures, viajo muitas vezes em classe executiva (são voos de longa distância, e é a política da companhia; não, não estou num lugar “XPTO”), e as cabinas de executivas estão, maioritariamente, cheias de homens. O que, significa que, todas as noites em que regresso a Portugal, deito-me ao lado de um homem diferente… E isso traz todo um Mundo de problemas novos, que me faz compreender um pouco melhor o Universo feminino.
Primeiro – os homens roncam! Sim, é verdade, em mais de 90% das vezes, a meio da noite, sou acordado pelo poderoso ressonar de alguém na cabine – e, aí só peço que, ao menos, esteja longe do meu assento! Depois, vamos ser sinceros, os homens cheiram muito pior que as mulheres, sobretudo naquele instante terrível que é tirar os sapatos depois de um dia longo que os levou ao aeroporto – é um momento de autêntica guerra química, quando toda a gente se descalça naquela cabine ao mesmo tempo. Mas, o mais amedrontador é o momento em que o meu parceiro baixa a cadeira, ajeita a almofada e se prepara para dormir – fico sempre com o terror de que ele se vai virar para mim e dizer “eu só consigo adormecer com um beijinho de boas noites”…
2 Comments:
E já pensaste no terror que os teus vizinhos sentem ao saber que vão dormir ao lado de um urso pardo que ronca como um camionista?
Errado, meu amigo!
Um lince que ronca como um camionista! Assim é que é! Ainda não percebi como é que me deixam embarcar, mas pronto...
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