Companhia do Polo Norte tranquiliza investidores

A Companhia do Polo Norte emitiu hoje um comunicado procurando tranquilizar os seus investidores relativamente à época de vendas actual. Assinado pelo seu CEO (Pai Natal), a CPN assegura que, apesar da redução efectiva de volume e valor transaccionado, essa quebra era já expectável, fruto da conjuntura internacional de quebra de consumo relacionada com o final de parte da bolha especulativa imobiliária. Segundo o Pai Natal, a antevisão de uma época de vendas mais fraca foi directamente reflectida no aprovisionamento de mercadorias para este período de pico de consumo, o que significa que os níveis de inventário estão perfeitamente dentro dos limites controláveis, e pondo de lado um problema de excesso de stock e de respectivo acréscimo excessivo de peso sobre o balanço da companhia. Ficam assim postas de parte as especulações que têm surgido nos últimos dias, sobre uma possível falência técnica da CPN, por excesso de aprovisionamento conjugado com fraco período de vendas - um problema que, recorde-se, levou à falência do gigante de vendas KMart no mercado norte-americano há poucos anos, ou à política agressiva de saldos pré-natalícios a que assistimos nos EUA no último ano.

Recorde-se que a CPN continua a ser o segundo maior negociante mundial de brinquedos, apenas atrás da MacDonald's (devido aos Happy Meal), com um negócio maioritariamente assente na época natalícia. A empresa tem estado sob a mira de vários grupos de pressão, desde observatórios de Direitos Humanos (devido a alegadas políticas de recursos humanos próximas da escravatura, nas fábricas de brinquedos operadas por duendes no Polo Norte) a instituições ambientalistas, que se queixam de que a alimentação das renas utilizadas no transporte dos brinquedos contribuí fortemente para a libertação de metano excessivo para a atmosfera.

Na sequência da divulgação do comunicado referido, as acções da CPN encontram-se a transaccionar em alta, de 50 pontos base (0,5%) face ao período da manhã.