Thursday, August 24, 2006

Pluto revoltado por discriminação!

O famoso cão Pluto, personagem da autoria de Walt Disney, e que aparece a acompanhar Mickey num sem número de histórias aos quadradinhos, confessa-se indignado pela falta de atenção a que tem sido sujeito.

Segundo as palavras do próprio “Estou farto de ser tratado como uma personagem de segunda, um mero acompanhante das figuras principais! Uma mera personagem-anã, no final de um sistema de personagens principais!”, chorou a simpática figura canídea durante uma inausitada conferência de imprensa. Durante a sua declaração, Pluto fez também algumas comparações rancorosas e inesperadas sobre algumas das personagens que com ele contracenam nas histórias aos quadradinhos, salientando nomeadamente que “estou farto de contracenar com esses gigantes gasosos que são os Irmãos Metralha” e referindo-se ainda a Mickey como uma personagem-rocha, coberta por 74% de água e que habitualmente apenas pode contar com uma única lua, a Minnie.

Suspeita-se, assim, que a personagem dos desenhos animados e histórias aos quadradinhos se tenha portanto juntado ao ilustre rol de figuras públicas vítimas de discriminação por usarem o nome Plutão, como o famoso ex-planeta (despromovido recentemente numa conferência em Praga) e o conhecido filósofo grego (trocado nas prateleiras domiciliárias por Paulo Coelho e os Morangos com Açúcar) (nota: na realidade, o grego chamava-se Platão, mas tenho quase a certeza que ninguém vai dar por isso).

Tuesday, August 22, 2006

Tenho 2 palavras para vocês: Me - do!

Já repararam no fenómeno avassalador que começamos a vislumbrar nas nossas praias? Não? Vejam bem outra vez!

Então, já repararam? Pois é, meus amigos, temo que possa vir a ser verdade! Daqui por um ano falamos, a ver se eu não tenho razão. A realidade, caríssimos, é que estamos a ver cada vez mais tangas masculinas na praia! Se repararem bem à vossa volta, no areal, elas começam a surgir em maior número a cada dia que passa! E não só em senhores já de idade avançada que ficaram presos no tempo em qualquer época monárquica. As tangas vivem também em homens de 20 anos que decidiram que, já que os anos 80 estão na moda, iam trazer as modas dessa década também para a praia...

Mas, o que me preocupa não é o presente. É o futuro. Já no próximo ano. Se a tendência se confirmar. Se as tangas masculinas forem realmente dominantes nas praias do próximo ano. Se, para onde quer que olhemos no areal daqui a uns meses, só virmos nádegas masculinas meio desnudadas na praia, e (pior) protuberâncias masculinas salientes em apertadas tangas (e quem não as tiver, pode sempre usar o truque dos actores das "Marés Vivas", que enchiam os calções com 2 ou 3 pedras apropriadas de grandes dimensões, para fazer volume)!

Vejo apenas 3 alternativas possíveis:
- o exílio forçado para um país onde a moda dos fatos de banho masculinos completos, com alças sobre os ombros, esteja na moda;
- a delimitação de praias de bom-gosto, onde à boa maneira discriminatória, todos os homens de tanga seriam proibidos de entrar na praia (e os que tentassem fossem miseravelmente chicoteados como se não houvesse amanhã);
- "se não os podes vencer, junta-te a eles", altura em que eu teria a inegualável experiência de usar tanga na praia no próximo ano - já me estou a imaginar à frente do espelho, brrr!!!!

Em suma, gostava de partilhar convosco o meu mote para a praia do próximo ano. São só 2 palavras, muito simples:

Me - do!

Tuesday, August 15, 2006

Estou indignado com os ciclistas profissionais!

Como é que é possível??? Estou boquiaberto e irado com tanta malvadez e dissimulação!!

Sempre pensei que era tudo verdade e agora vêem-me dizer que não, que os que vencem as provas são os que estão todos dopados! Sinto-me defraudado!

Como é que é possível que os ciclistas profissionais se dopem? Como? É de certeza porque são uns senhores malvados e velhacos, que gostam da dissimulação e de enganar o próximo. E ainda por cima na Volta à França, na prova rainha do ciclismo internacional! Mais uma vez confesso-me desiludido e irado! Sempre pensei que aquelas etapas sucessivas (cerca de 15, ou são mais?), de mais de 200 kms a pedalar todos os dias, sob um calor abrasador de Julho, a médias de 40 ou mais km/h, e que terminam quase todas no alto de um monte com 3000 de altitude, fossem vencidas de um modo justo e imparcial, sem recurso a substâncias dopantes!

Estou chocado!

Monday, August 07, 2006

Madeira & Cuba

Com o internamento e retirada (pelo menos temporária) de cena de Fidel Castro, imagino que os madeirenses tenham respirado de alívio. Sim! Afinal, ainda há esperança para eles! Nem os ditadores são eternos e indestrutíveis...

Saturday, August 05, 2006

Tive uma ideia de negócio brilhante!

Porque é que não colocamos parquímetros nos parques de estacionamento das áreas de serviço das Auto-Estradas? Acho que há aí uma excelente oportunidade de negócio. As pessoas paravam para beber a sua bica e comer a sua sande e, quando estacionavam, iam à maquineta, procuravam uns trocos nos bolsos, e pagavam €0.30 por meia-hora. "Claro que as pessoas não pagavam!!" estão vocês a pensar. Bom, mas é nessa parte que entram em acção os bloqueadores contratados para estarem 24horas à espera de quem saí do carro sem pôr moedinha...

I'm gonna be rich!

Thursday, August 03, 2006

Homícidio por carilada

Estou chocado! Mas mesmo chocado!! Acabei, há pouco mais de 24 horas, de descobrir que um dos meus melhores amigos é um perigoso homicida!

Há uns dias atrás, eu e alguns amigos meus recebemos o convite de ir jantar a casa de um outro amigo (doravante conhecido como “O Perigoso Homicida”). O menu anunciava, insuspeitamente, um magnífico caril de gambas. E nós, quais patos encaminhando-se pelo canavial na direcção do caçador, aceitámos, sem desconfiar o que nos aguardava para essa fatídica noite…

O caril de gambas, fumegava, dentro do tacho, na mesa da sala de jantar, após umas entradas de queijo e carnes frias (ai!, mal sabíamos que o plano maléfico era para nos juntarmos à sua condição), disfarçado, entre a sangria branca, a cerveja e uma ou outra pacífica Coca-Cola. Quando o colocámos no prato, aposto agora que poderíamos ter ouvido certamente, se tivéssemos prestado atenção, um queixume de dor da suave peça de porcelana. Mas, não, quais brutos e feros na nossa ânsia de devorar, nas nossas conversas altas e nas nossas distracções fúteis, nem nos apercebemos que nos encaminhávamos a passos largos para um teste do destino, incapazes de prestar atenção aos sinais do que se aproximava.

Levei a primeira garfada à boca. E logo o destino se abriu à minha frente, ante o lume que teimava em me sair da garganta! Era o caril mais picante que já tinha provado!!! “Deitei algumas maçãs para cortar o picante” disse o meu amigo cozinheiro, tentando disfarçar o indesmentível. E a confirmação veio com a segunda garfada, os suores frios, o estômago às voltas (logo o meu, que se orgulha de comer o bife mais duro sem dar problemas)… estávamos ante uma tentativa de assassinato de um perigoso serial killer. “O Perigoso Homicida do Caril” (é o novo nome dele agora), estava a tentar livrar-se de todos nós com o caril mais picante que já existiu sobre a Terra (ok, ok, quem ler isto desmentirá de pronto, mas para mim, que fujo do picante, era-o, de certeza!!!). O fumo que deitava corria as paredes da varanda, o seu peso quase que abria buracos nos pratos e depois na mesa, a sua potência tornava-me parecido com um semáforo vermelho ou um geek apanhado a fazer nudismo numa biblioteca enquanto lia o sexto capítulo do Star Wars em livro. E, no meio disto tudo, e não querendo dar parte de fracos, continuávamos a comer alegremente o caril. Que “estava muito bom”. “Um nadinha picante, mas assim é que gosto”, enquanto nos esforçávamos para não explodir ali, naquele momento, qual bomba al-quaediana junto de embaixada norte-americana.

E, reflictamos por um momento nesse extraordinário exercício de virilidade masculina, que é comer comida o mais picante possível e gostar. Os meus amigos gabam-se daquela vez que, num jantar, acabaram todos de tronco nú, a comer caril de frango e a transpirar picante por todos os poros, em que mal se conseguiam mexer no dia seguinte, mas em que sobreviveram. Isto é uma prova de masculinidade como pertencer aos rangers, ser capaz de atravessar um incêndio na Serra do Caldeirão descalço ou ir com uma t-shirt supremacista branca para a Cova da Moura!

Mas, lá no fundo, eu percebi o plano. O “OPHC” (“O Perigoso Homicida do Caril”, é como lhe chamo agora) pode não ter ganho desta vez (apesar de, ainda agora, a febre com que estou e as voltas que o meu estômago dá a cada 5 minutos indiquem que foi por pouco), mas ele voltará novamente ao seu delito.

O homícidio por carilada!